29.8.11

O Leitor, esse desconhecido [Fichamento]

 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina.  O Leitor, esse desconhecido.
In: A Formação da Leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 2001.

O Leitor, esse desconhecido

            "Só por volta de 1840 o Brasil do Rio de Janeiro, sede da monarquia, passa a exibir alguns dos traços necessários para a formação  fortalecimento de uma sociedade leitora". [página 18]            "A forma como autores e narradores do Romantismo brasileiro apresentam-se diante do leitor, nos livros de ficção, é sintomática dos cuidados tomados diante desse público incipiente". [página 18]
            "Manuel Antônio de Almeida parece conduzir o leitor pela mão, como se o caminhos a percorrer - vale dizer, a leitura autônoma da obra - fosse difícil. [...] um narrador que tutela seu leitor de modo paternalista, receoso de que a leitura, à menor dificuldade, seja posta de lado". [página 19]
 

            "Tais e tantas estratégias, se não garamtem ao narrador a fidelidade do leitor a um texto que se prolonga, sem dúvida estreitam a cumplicidade entre ambos: o leitor é uma figura para quem se conta um segredo os acontecimentos da trama. Aparentemente a técnica, aplicada ao folhetim, deu certo; tanto é assim que é mantida no desenrolar do romance, reaparecendo mais adiante na obra de Machado de Assis". [página 20]
            "Em A mão e a luva, romance de 1874 originalmente lançado como folhetim e obra de envergadura maior que um conto, machado retoma essas técnicas, às quais associa algumas das práticas de Manuel Antônio de Almeida". [página 22]
            "Assim como Manuel Antônio de Almeida, esse narrador machadiano não deixa de orquestrar antecipações e retrospectos: aquelas aguçam a curiosidade, e estes são imprescindíveis aos que se perderam no desenrolar da tram". [página 22]
            "Outra dimensão da solidariedade da leitura é a que se desenha, não mais entre leitor e narrador. mas entre leitor e leitor, a partir da representação de situações de leitura domesticas e coletivas". [página 23]

Nenhum comentário: